segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Morte de Gerson de Melo Machado,o jovem conhecido como Vaquerinho,comido por leoa:O caso reacende discussões sobre abandono institucional saúde mental e responsabilidade do Estado na proteção de menores vulneráveis

 

Na semana anterior ao ataque, o rapaz chegou a ser detido duas vezes em menos de uma hora, segundo a Polícia Civil da Paraíba. Após esses episódios, ele foi encaminhado para atendimento psicológico, por determinação das autoridades.

A morte de Gerson de Melo Machado, de 19 anos, conhecido como "Vaqueirinho", chocou o Brasil neste domingo (30) após o jovem escalar uma parede de mais de 6 metros, pular na área em que estava uma leoa e ser atacado pelo animal no Parque Arruda Câmara, em João Pessoa (PB). 
Segundo a conselheira tutelar que acompanhou o garoto, a infância e a adolêscência do jovem foram difíceis, marcadas pelo abandono dos pais, pela pobreza e pelo sonho de 'domar leões'.
Verônica Oliveira, conselheira que acompanhou o garoto durante oitos anos, contou ao Metrópoles que Gerson tinha o sonho de "domar leões" e viajar para a África desde os 10 anos. O primeiro contato entre eles aconteceu quando o jovem foi encontrado sozinho pela Polícia Rodoviária Federal em uma rodovia. Desde então, Gerson permaneceu sob acompanhamento do Conselho Tutelar.

A morte do jovem conhecido como Vaquerinho neste domingo 30 após invadir a jaula de uma leoa no Parque Arruda Câmara em João Pessoa expôs uma história profunda de abandono sofrimento e vulnerabilidade. 

A conselheira tutelar que acompanhou o adolescente por oito anos tornou público um relato emocionante sobre tudo o que ele enfrentou desde a infância o texto rapidamente comoveu o país.


Segundo a conselheira o menino vivia desde os 10 anos sob acompanhamento da Rede de Proteção após ser encontrado sozinho pela PRF em uma rodovia. Em seu desabafo ela recorda episódios que mostram o quanto ele carregava marcas emocionais severas.

“Gerson meu menino sem juízo… Quantas vezes na sala do Conselho Tutelar você dizia que ia pegar um avião para ir a um safári na África cuidar de leões. Você ainda tentou. E eu agradeci a Deus quando o aeroporto me avisou que você tinha cortado a cerca e entrado no trem de pouso de um avião. Graças a Deus viram pelas câmeras antes que uma tragédia acontecesse.”

A conselheira relata que acompanhou o adolescente em consultas socorros emergenciais crises emocionais e inúmeras tentativas de garantir seus direitos. Ela afirma que nunca o viu como a internet o rotulava mas como uma criança fragilizada afastada do convívio familiar e impedida de adoção devido à situação da mãe diagnosticada com esquizofrenia e sem condições de cuidado.

O relato destaca ainda que a avó também enfrentava transtornos mentais e que o adolescente sempre expressou o desejo de voltar para a família apesar das dificuldades.

“Eu conheci a criança que foi destituída do poder familiar da mãe. Mas a sociedade sem conhecer sua história preferiu te jogar na jaula dos leões” escreveu.

A despedida emocionada da conselheira reforça o drama de milhares de jovens que crescem invisíveis e sem apoio adequado. O caso reacende discussões sobre abandono institucional saúde mental e responsabilidade do Estado na proteção de menores vulneráveis.

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